durante imenso tempo culpei-me por não te ter dado tudo o que o que construímos subentendia. culpei-me por nem sempre ter a paciência necessária, por não valorizar os teus esforços. durante muito tempo, foi isso que ficou na minha cabeça, foi isso que me impediu de avançar. se mudasse, talvez houvesse uma nova oportunidade. se tentasse de verdade, podia ser tudo diferente. melhor.
mas não mudei. e não percebia porquê. mas agora percebo e graças a deus que não o fiz. que não te dei uma nova oportunidade. que não cedi à pressão dos outros. à tua pressão. há coisas que se sabem passado muito tempo, mas que mesmo assim magoam como se as soubessemos no momento. por tudo o que não te odeei há um ano e meio, odeio agora. estou de consciência tranquila em relação a ti, pela primeira vez. percebo que não fui eu que estraguei tudo, mas tu. desististe de nós antes de mim. encontraste o teu novo caminho antes sequer de eu ter percebido que o nosso tinha chegado a um beco sem saída... a culpa foi tua, foi tua. e nem te atrevas a voltar a dizer que sentes a minha falta ou que gostavas que tudo voltasse ao que era antes. se nem isso foi verdadeiro, não consigo imaginar o que fizeste que seja.
mas mais vale tarde que nunca. percebi como eras, ou como és, porque na verdade não acredito que tenhas mudado. um dia digo-te o que escrevi aqui hoje. espero que o dia esteja para breve.
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