Por vezes precisamos de perder alguém, ou pelo menos afastarmo-nos, para percebermos como gostamos e como precisamos dessa mesma pessoa. Sempre pensei que tivesse sido este o teu pensamento quando me ligaste naquele dia. Sempre foi este o meu pensamento também, antes, durante e depois. Mas o que se diz por aí e o que de facto acontece é diferente. E connosco foi diferente, mais uma vez não nos guiámos pelas regras. Os dias passaram e passaram e apesar de percebermos que gostavamos e que precisávamos um do outro não quisemos voltar, ou não voltámos por qualquer outra eventualidade da vida, não sei. Nunca acreditei que fosse realmente um fim, e nunca foi, pois não? Porque tu sabes o que eu sei, e sentes o que eu sinto... Não sei porque me importo sequer ou porque penso nisto, não sei porque escrevo sobre ti e sobre nós, sobre tudo o que poderia ter sido... mas hoje senti essa necessidade. Se calhar foi por olhar para o calendário e desejar mais que tudo recuar dois anos. Mas não posso. E não lamento, nunca, nada do que fiz contigo e por ti. Lamentar é perder tempo. Eu prefiro lembrar. Porque por mais que os sentimentos mudem, as memórias ficam para sempre.
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